"Não façam nada por interesse pessoal ou por desejos tolos de receber
elogios; mas sejam humildes e considerem os outros superiores a vocês mesmos.
Que ninguém procure somente os seus próprios interesses, mas também os dos
outros. Tenham entre vocês o mesmo modo de pensar que Cristo Jesus tinha: Ele
tinha a natureza de Deus, mas não tentou ficar igual a Deus. Pelo contrário,
ele abriu mão de tudo o que era seu e tomou a natureza de servo, tornando-se
assim igual aos seres humanos. E, vivendo a vida comum de um ser
humano..." (Filipenses 2:3-7)
Lendo esses versículos pude perceber algumas
coisas, e a partir disso estive analisando a nossa sociedade e a cultura em que
vivemos. Hoje em dia a maioria das pessoas buscam auto-afirmação, seja através
de um corpo bem definido, um estilo de vida elevado, ou até mesmo através das
redes sociais como Instagram, Facebook e afins.
Com certeza alguém de nós já se deparou com aquele amigo que posta fotos nas redes sociais de toda as suas conquistas e seus feitos.
Se auto-afirmar na verdade é uma íntima necessidade de ser aceito pelo meio. Pessoas que se auto-afirmam procuram sempre estar em destaque, ser o centro das atenções, e dificilmente conseguem enxergar as pessoas que estão ao seu redor. A auto-afirmação faz com o que o ser humano deixe de olhar para dentro de si, olhando apenas para o seu exterior, para aquilo que faz e tem, e não aquilo que é.
Fingir comportamentos e atitudes
para agradar os outros é extremamente prejudicial. A opinião do outro tem um valor importante na
constituição da auto-estima, da auto-imagem, porém não podemos permitir que só
a partir do outro possamos tecer um julgamento de nós mesmos.
Antes de tudo precisamos olhar para dentro de nós e termos uma percepção equilíbrada e realista a respeito de nós mesmos.
Vale ressaltar
que no meio cristão esse mecanismo de auto-afirmação também se prolifera, muitos cristãos estão deixando de lado a tarefa que Deus lhes deu
para fazer aquilo que agrada o povo, aquilo que lhes convém, aquilo que lhes faz aparecer.
Muitos cristão também deixam de desenvolver sua espiritualidade e centram-se mais em mostrar sua religiosidade para os outros.
Quem nunca viu
ministros de louvores se perderem em meio a fama? Adoradores que não souberam lidar com a
auto-afirmação.
Isso me levou a pensar que na maioria das vezes temos o costume como
seres humanos de nos vangloriarmos de coisas que na verdade não são méritos apenas nossos: "minha faculdade", "meu título", "meu
ministério".
É claro que na vida muitas coisas conquistamos por esforço e
boa vontade, porém se pararmos para analisar nem o nosso esforço é nosso,
o ar que respiramos, a vida que temos, tudo o que somos não é nosso, vem
de Deus.
Se
realmente soubéssemos o valor das coisas, se realmente tivéssemos essa
consciência todos os dias, teríamos mais de mil motivos para sermos gratos, pois não temos razões para nos auto-afirmarmos, mas temos
muitas razões para nos auto-afirmarmos em Deus, pois foi graças a Ele.
Essa auto-afirmação em Deus nos permite desenvolver um sentimento de gratidão, além de estreitar
nosso relacionamento com Ele. A gratidão é um dos sentimentos que nos faz
refletir sobre a vida e atribuir valor a ela, logo, faz bem para a saúde
mental.
Quando atribuímos os méritos a quem de fato os merece (no caso Deus), permitimos que um ser tão perfeito possa participar das nossas escolhas e
feitos da vida, permitindo desta forma desenvolver uma segurança naquilo que
fazemos, temos e somos.
Jesus é o maior psicólogo que existiu, quando Ele nos deixou algumas lições , e quando ele deixou o seu testemunho, Ele sabia quais
comportamentos seriam saudáveis espiritualmente e psicologicamente para o ser
humano, se auto-afirmar em Deus é um deles.
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